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Samuel e Saul no pensamento político medieval
Por Josef Funkenstein
Estudos Políticos Hebríacos, Vol. 2, No. 2 (2007)
Resumo: A narrativa de Samuel e Saul no Velho Testamento foi interpretada por pensadores judeus e cristãos de muitas maneiras. Alguns acham aí uma justificativa para a realeza e até mesmo um direito divino dos reis, enquanto outros consideram o pedido dos israelitas por um rei pecaminoso, enfatizando a relutância de Deus em conceder seu pedido e a primazia inerente do governo espiritual sobre o temporal. Este artigo traça a história de uma luta medieval pela supremacia entre a autoridade espiritual e temporal, entre o papa ou a Igreja e o monarca, seguindo o emprego da narrativa do Antigo Testamento mencionada - sozinha ou em diálogo com fontes romanas - no pensamento e na ação política. Em última análise, descobrimos argumentado aqui, a luta entre rei e sacerdote seria substituída por uma luta entre rei e povo, que pode ter se afastado de Samuel e Saul, mas não se afastou totalmente dos paralelos bíblicos e dos fundamentos divinos.
Introdução: O Antigo Testamento teve uma influência significativa no pensamento político cristão medieval. Particularmente na luta pela autoridade em que o império e o papado estavam engajados, os dois campos concorrentes estavam ansiosos para encontrar apoio para suas opiniões em uma autoridade legal que estava além de censura ou dúvida. A Bíblia era essa autoridade e servia como o tribunal de mais alta apelação. Ao mesmo tempo, no entanto, cada parte no conflito escolheu apenas os textos-prova que confirmavam seus próprios argumentos.
Era mais apropriado, e até natural, que o relacionamento entre os reis e os sacerdotes do Antigo Testamento servisse como o tertium comparationis (arena para comparação). A luta que eclodiu entre Samuel e Saul foi particularmente tempestuosa, com Samuel primeiro ungindo Saul como rei e depois negando-lhe sua autoridade soberana. isso não implicava que a mais alta autoridade política cabia aos sacerdotes e que os reis serviam apenas como seus representantes? Outra interpretação, apontada pelo partido monarquista, foi que Samuel agiu apenas sob as instruções expressas de Deus, e nenhuma conclusão de importância geral pode ser tirada de seus atos: governantes e sacerdotes são ambos órgãos da Igreja. A unção transforma o príncipe em rei, com autoridade na Igreja e sobre a Igreja. Ele é o sacerdote supremo, em cujo poder está a nomeação de outros sacerdotes e demiti-los.
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